Prólogo 2

O cavaleiro cavalgava de uma forma que nunca tinha feito antes. Não tinha tempo de evitar a vegetação a sua frente que feria sua montaria com golpes que arranhavam seu fucinho. Ele precisava escapar, diferente das vezes que perseguia seus inimigos de forma impediosa, agora era ele a caça, e sua única preocupação estava  em despistar seus perseguidores.Baldenor cavalgou por uma planície até encontrar uma mata ciliar na encosta de uma enorme formação rochosa. Ao entrar pela mata teve uma breve sensação de ter enganado seus perseguidores, porem, o estalar de galhos e do bater de cascos logo a sua retaguarda indicavam que isto estava longe de acontecer. A vegetação estava mais densa e ele se aproximava cada vez mais do sopé da elevação imponente a sua frente. Era necessário abandonar seu velho amigo de batalhas mas naquela vegetação era quase impraticável continuar a cavalo. Ao abandonar seu alazão, deu um leve tapa em seu fucinho rígido, agradecendo baixinho, quase como uma prece.___ "Obrigado meu velho, se cuida agora____. Baldenor continou seu caminhao sem seu companheiro agora, que hesitou em se afastar até ouvir o som dos perseguidores cada vez mais próximo. Continouo sem olhar para trás, sabia que seu animal estaria bem, seu cavalo não era do interesse desses idiotas, pensou Baldenor.